Criticamos nossos vizinhos, por imporem sua fé com uso de burcas e
violência, mas violentamos e impedimos qualquer renovação moral.
Assistindo aos programas sobre as
novas tendencias musicais, entre elas a Gospel, podemos perceber a razão da
religião católica estar tão distante da realidade de possibilidades dialogais
com seu credo, suas normas e preceitos.
Diante de reflexões como a do
psicanalista de 70 anos, respeitadíssimo, na Folha Equilíbrio dessa
semana, Flavio Gikovate nos fala sobre o sexo 2.0 em que nos propõe que
encerremos a utilização de termos, como hetero, homo, para se referir ao
comportamento sexual, posto que são apenas palavras constituídas de
conceitos, que secularmente precisam ser revisitados, posto que o que sabemos
sobre o homem é de que é mortal e finito, inclusive em suas palavras as quais
representam nada mais, que juízos.
Estamos em maio de 2013, século XXI,
atualmente querem trazer asteróides para a órbita da Terra para estudá-los,
também possuímos excelentes níveis de compreensão dos quase 5% do consciente da
mente humana.
Pensamos que evoluímos
até porque cada vez mais a morte é menos anunciada. Projetamos vida longa
através de futuros promissores materialmente, nossa essência em breve
se tornará medicamentosa, tecnologizada, bem como nosso tempero.
Nossos relacionamentos se esgotam
nos sentidos amparados pela mídia e apresentados dentro de nossa própria
história, sem continuidades e aprofundamentos. Vivemos a novela na novela.
Somos viventes de um período
fantástico da história, em que qualquer humano com o mínimo de conhecimento
pode vir a se comunicar com outros mortais em qualquer parte do cosmos.
Temos um discurso de virada de
século, de inovação, de compreensão. Nossos filhos se tornaram nossos heróis,
nosso eu passou a superar e demonstrou que pode se refazer, reinventar.
Lutamos para ter liberdade,
autonomia, mas, reproduzimos mesmo sem concordar. Nossa educação quer que
sejamos sujeitos responsáveis, porém, somos refreados por exemplos em que
qualquer contradição pode levar a prisões, excomungação ou a danação eterna.
Vivemos uma era de contradições.
Pregamos o respeito, a educação, mas ditamos modos e formas de agir. Impomos
sem análises, sem debates, sem questionamentos. O caso do Padre Beto, de Bauru,
deveria ser caso de Plebiscito entre católicos, até para sabermos o que e como
quem não está no poder pensa, de repente, podemos ser surpreendidos com a
criticidade dos novos cristãos.
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