Ao ler o livro do mestre Eckart Toller “O poder do despertar”
recebi a seguinte orientação de um amigo querido: Esse livro irá mudar sua
vida.
Achei arriscadíssima a leitura a partir daí, porém como o
amigo é de confiança acima de qualquer outra indagação, propus-me a tarefa de
lê-lo. De fato é daqueles livros que se leem em “uma sentada”, no meu caso
foram duas, a noite e no domingo inteiro. Você não consegue parar até porque
quer saber o que ele irá colocar lá na frente.
É suspeitíssimo quando ouvimos a orientação de que algo pode
mudar sua vida, porém, é muito importante crer, até pela nossa sanidade, de que
o milagre da vida acontece no instante e no mesmo em que se encontra afogada em
suas dores e angustias, pode perceber que é possível através da proposta do
mestre Eckart sair dessas sensações.
Já havia lido “O poder do agora” desse mesmo autor, e já
havia me impressionado com suas colocações que na verdade não são nenhuma
novidade, aliás, desde milênios o homem que aqui está não produz muita
novidade, por isso até, vemos sempre os mesmos problemas entre humanos.
Tecnologia, produção de bens de consumo, não são novidade,
são conquistas necessárias as obras que os homens se predispõem a fazer nesse
século, que parecem estar bastante ligadas mais ao distanciamento do homem de si
mesmo do que ao seu aprofundamento, questão aliás, sinalizada há mais de três mil
anos.
Eckart nos coloca pressupostos hinduístas, zen budistas,
dentro de uma realidade contemporânea, em que podemos perceber como o humano se
tornou sujeito desse fazer.
As questões coletivas que geram mal estar através dos séculos
que nos atingem diretamente, a gama de novas patologias que são oriundas de
sensações ainda não classificadas, não dirigidas, atualmente uma evidência da
crise desse humano que pensa que se sustenta pelo pensar.
Eckart nos oferece um outro rumo com o “Despertar da Consciência”,
rumo desafiante diante de questões práticas que nos asfixiam, mas, que, se cuidadosamente
elaborados, se tornam uma grande diversão e um grande desafio constante: Estar
pleno em presença no instante.
Um instante tem uma duração longa demais para se fazer
entender, é preciso senti-lo, percebê-lo e o mais interessante disso é escolher
o que irá fazer com ele. Não ser manipulado pelo pensamento, mas sim,
observá-lo e conduzi-lo se assim o for, mas simplesmente estar atento ao que
ocorre dentro de si. Esse é o desafio desse caminho, talvez da nossa era.
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