A partir do simpósio sobre dependência química, evento organizado a partir do CAPS de Taubaté, na faculdade Dehoniana, em que participaram diversas instituições, profissionais e interessados em auxiliar no que podem a pensar e refletir as razões que levam o sujeito a a perder-se de si mesmo, abandonando o controle sobre si para levar-se pelo que neutraliza os neurônios do sofrer.
Há muito percebe-se que estamos em guerra, em que as ferramentas oferecidas para a batalha, deixaram há muito de ser a lança ou o míssel, mas que se apresentam sob diversos aspectos, tais quais a mídia sempre nos apresenta, como a definição de um modelo instituido de belo, de bom, de necessário.
Formas de fabricar o pensar, de instituir o saber, de promover o desejo a partir da construção das necessidades, em que permeiam a realidade do POSSUIR, do TER, do PARECER, entre outros verbos que em muito tem distanciado o sujeito de si mesmo.
Dessas reflexões surgem opções, caminhos, como a de se formar uma rede a partir dessas ações, ou mesmo buscar espaços para a edificação do sujeito enquanto humanidade de diálogo em vertentes sociais como a família, o trabalho.
Faz parte das conclusões, buscar formas de divulgar os meios que existem para apoio ao sujeito em dependência, para reconsiderar pensamentos e situações que são produzidas a partir de realidades normalmente comprometidas e sem afeto que são resultado do palco dessa guerra, vestígios a ser observados, analisados para que possamos atuar diretamente no cerne das situações que são consideradas problemas e que geram para suas famílias, bem como para a sociedade em geral momentos de desespero e dor, que por vezes como consequência desabam nas penitenciarias, nas clínicas ou nos hospitais psiquiátricos.
Parece que temos dificuldade para sentir. Sentir a dor, o sofrimento, até mesmo o amor, que também gera confusão e angústia que corrobora para a perspectiva da culpa, condensada na característica da pós modernidade como obrigatória.
Aqui não caberia conclusão, somente provocações, aguardo-as ansiosa.
bjs a todos
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