Através das relações e suas revelações, da
análise de nossas ações, da arqueologia familiar, do olhar genético e psíquico para a integralidade, podemos colaborar e enriquecer o entendimento acerca da
manifestação dos fenômenos existentes entre os humanos, enquanto representação
de si mesmos, de manipulação de sentidos, de construção de saberes planejados
para estruturas de continuidade histórica em que a percepção de sentidos seja
sempre subjacente a produção de elementos constitutivos e criativos de sujeitos
que supostos saberes inquirirão acerca de situações corriqueiras em que nos
demonstram a gravidade da forma mecânica, pragmática, continuista, em que
estamos caminhando todos os dias desde o momento em que acordamos, como os de maior gravidade como a
minoridade penal e a defesa dos direitos humanos.
Ao reproduzir e inserir a
punição, a violência se revela através da vingança e do juízo conceitual, presente em cada humano, classificados e nomeados como particulares humanos, homens e como ora sujeito, ora pessoa,
ou persona, de sua própria identidade, que normalmente lhe é desconhecida, facilitando
desse modo, a manipulação de seus desejos e vontades, sequestrando o individuo de
si, para se tornar pessoa no mundo, e o sujeito que poderia construir seu
suposto saber, acerca de seus valores que podemos chamar de éticos e morais,
poderá sem dúvida se tornar alvo facilmente atingível das grandes capacidades
de dominar e de possuir que se encontra na grande mídia e de grande parte do que nos ocupamos com nossa energia na contemporaneidade, no fato de apresentar
resultados de seu campo de saber de modo a contribuir com o “crescimento” de
alguma particular empresa ou servir de alguma mudança política, em que para a
existência particular e coletiva se tornem minimamente significativas.
A partir de elementos para se compreender os fenômenos
decorrentes de dois mil anos que ainda nos espantam, como a
tortura, a punição, a prisão, de forma descompensada, desnecessária e abusiva,
incluindo principalmente dentro desse contexto a violência domestica, a
chantagem e a coação, ao qual estamos nesse momento condenados.
Elementos tais que permitem que nossas crianças cresçam cercadas pelo medo e pela desconfiança, que acuadas
defendem-se como em guerra com as armas que tem. Algumas as levam literalmente
as escolas, outras estão escondidas em seu coração, outras ainda agridem e
arrebentam as regras sociais, para demonstrar que algo não vai bem, que as
coisas não estão funcionando bem, mas ao fazer, de nada mais lhe resta, senão
ser “internada” em algum modelo de instituição que as “domem”, "dominem" tal qual fera e a
restabeleça de volta a tal sociedade organizada e segura, das quais pagamos
enormes tributos para ter uma falácia desgovernada que parece se preocupar
sempre em acordos econômicos pro liberais e não a uma organização de fato a
fomentar a cultura e a educação em países menos desenvolvidos.
Esses escritos se revelam em contestação aqueles que se utilizam do saber para se aproveitar da fraqueza
do outro para se colocar em seu altar de poder, apontando as
mascaras que se tornam obrigatórias em nossa sociedade, além de evidenciar e
até promover o olhar e o debate aos menos favorecidos que não teriam como
escrever, posto que ainda não aprenderam nem a falar, sem se matar.
Façamos de nossa voz, um uníssono
em questão de existência nesse ponto material que se coloca nosso corpo, nossa
voz, para que em algum momento e de alguma forma as tendencias vão se ruindo
e se transformando em novas possibilidades de existir e de fazer. É procurando
sentido que encontramos o sentido, é no exercício do fazer, que fazemos, a
vontade e a coragem são artigos de luxo, a serem conquistados, principalmente
diante do oferecimento do mercado.