sexta-feira, 19 de abril de 2013

CAFÉ FILOSÓFICO


CAFÉ FILOSÓFICO
OBJETIVOS:
Através da arte e do entendimento das questões cotidianas da vida, convidaremos o público, de uma forma bem humorada a enxergarmos juntos uma outra leitura da realidade que nos cerca, aproveitando a noite, o som e a leveza do descomprometimento de um espaço voltado ao entretenimento e ao lazer.
Como?
Através da filosofia, enquanto pesquisa e retórica, elencaremos temas cotidianos capazes de despertar o interesse do público, pinçando com músicas e ritmos, além de debater com artistas e com o público.
Para que?
Para diversificar. Trazer cultura de forma criativa e dinâmica, capaz de intensificar o desenvolvimento humano e cultural numa noite. Além de dar opções àqueles que se interessam por algo a mais do que um olhar, na noite taubateana.

Maiores informações: simone_suelene@hotmail.com

Exame de Consciência



Ao viver, estamos sempre em guerra. Lutando conosco mesmo, civilizando nosso ser através da razão, mesmo que para tanto apanhemos um bocado, mas o importante é levantar-se sempre.

Para tanto precisamos nos ater a nós mesmos e não buscar ocupar a mente, como usualmente se propõe, mas sim, esvaziá-la para produzir idéias que sejam empreendedoras e que irão beneficiar outras pessoas. Doar-se para receber.

Dedicar –se a amar, seja o coletivo ou o individual. Esse é o desafio, posto que é fácil se adequar a uma opinião, um olhar, mas a diversidade, solicita um respeito, uma tolerância e paciência que não reside na alma animal.

Pois precisamos na vida, na luta pela sobrevivência, da relação com o outro e não de seu juízo ou aprovação.

Aqueles que nos amam, normalmente se sentem responsáveis por nós, mas não sabem ainda respeitar o ser que nós nos tornamos. Para se ter respeito, parece ser necessário pagar-se as contas. Independência requer autonomia.

Se não são os elos de tradição que nos unem ao sangue, podemos perceber que somos todos humanos.

É bom estarmos atentos ao que nos acontece e saber viver, talvez seja isso que realmente importa.

Vigiar o pensar, para que nós, não percamos a fé em si mesmo e destituir as nossas crenças e julgamentos, que são normalmente condicionados pela punição e culpa.

Podemos ser primeiramente amorosos, tolerantes e pacientes conosco mesmo, assim como somos com os demais e dessa forma perceber que é inevitável viver, mesmo que se queira morrer, e que a vida é uma batalha a ser vivida todos os instantes. Por isso, construa sentidos e viva de forma a contribuir para que possamos ter cada vez mais, mentes pensantes e pulsantes para a melhoria do coletivo, que é do que é feito o chão que a gente pisa.

O Pensar e o agir no nosso tempo


Pensar a partir do pressuposto que pensar já é algo que só os humanos fazem por infelicidade de seus destinos, já que é algo doloroso e pensar por si só apenas reflete a situação em que estamos.

Veja se a vaca se ocupa do pensar, veja se a árvore reclama quando chove ou faz sol.
As coisas não se dissolvam pelo pensar, somente pelo suportar e não pelo pensar, principalmente se o ato de pensar, não for para buscar solução de algo.

Porém, seja lá qual for essa solução, ela não se soluciona, pois se pensarmos de modo humano, civilizado, racional, ou seja, legal e moralmente, veremos que nosso exercício de pensar não nos leva a lugar algum, posto que estamos fadados a morte, logo tudo que se tem a fazer é suportar esse pensar, a impotência humana diante do próprio humano e de suas criações, formulações, interpretações e legislações.

Sim, porque se todos estamos fadados a morte, porque então a criação de tantas formas de agir, de olhar e de se comportar? É que o humano intrinsecamente deseja a perfeição, deseja não morrer, deseja a onipotência de tudo saber, de não duvidar, de querer estar satisfeito sempre, sendo que acredita ser o construtor de seu destino, quando não o passa para as mãos de um senhor deus qualquer que dita suas próprias ordens.

Ignora ser senhor de si mesmo, ignora pertencer a uma raça dentro de uma natureza que provém da cósmica, ignora ser uma centelha, um grão de areia, ocupando-se de suas realizações para que sua felicidade se torne completa.

Pensar a partir da circunstancia que lhe cabe é então pior que isso, posto que se está, está por que fez por estar. Não há meio de estarmos sem termos entrado, escolhido. Toda circunstancia é gerida pelo ato de tê-la causado, talvez por isso seja a angústia desse refletir ainda maior.

E não há outra coisa a fazer senão consolar-se. Aceitar sua humanidade, sua fragilidade de que a noção de que qualquer outra coisa estaria também suportável. Em qualquer direção para que se vá, em diversos momentos em que a vida nos permite. Tudo que se tem a fazer é suportar e pronto.

Talvez na próxima fase, após a suportabilidade e aceitação, possamos liberar o criativo e expandir, alcançar produção no livre agir, entusiasmo para algo e interesse em alguma construção, mesmo que para tanto necessita-se compulsivamente da paciência, amiga prudente que nos auxilia no alivio das tensões, o importante é estar em movimento, posto que se está vivo.

C.E.R - Centro de Estudos Reflexivos


GRUPO DO SABER do C.E.R dispõe através do 
PROJETO EXPOSIÇÃO -  Trabalho de Orientação Existencial

                Estabelece pontes de direção desenvolvendo trabalhos em vários segmentos, tais como:

·         Psicologia, pscanálise;
·         Florais; reike
·         Educação financeira;
·         Motivação, liderança; oratória;
·         Estética;
·         Medicina;
·         Filosofia e linguagens, lógica;
·         Treinamentos;
·         Pedagógico, educação especial, psicopedagoga;
·         Acupuntura;
·         Artes: música, teatro, dança, pintura;
·         Segurança no trabalho;
·         Engenharia ambiental;
·         Identidade visual;
·         Melhor idade, entre outros.

                Através de olhares, treinamentos, indicativos, teremos melhor aproveitamento da existência, com menos sofrimentos e angústias, desenvolvendo chaves de acesso para escolhas conscientes e produtivas.

                Quando o ser humano se encontra em equilíbrio (o que é uma busca constante) suas escolhas direcionam suas ações, e é nisso que atuaremos, na melhoria da saúde de suas escolhas.

Nisso é que consiste o que juntos podemos oferecer com o “grupo do saber”.
Contacte um de nossos representantes e estude a proposta.

Simone Suelene Pereira – responsável pelo projeto.
Maiores informações: simone_suelene@hotmail.com

Normal, social e selvagem?


Por que será que as vezes nossa natureza fica selvagem?
Ou será que não seria esse, nosso estado natural?
O do bom selvagem. Como já diria Rousseau, no século 18?
Será que os costumes e hábitos que nos vem através das cobranças sociais, familiares, não  fazem com que nos transformemos em não selvagens, seres dóceis? ou bem humorados?
Qual a relação entre mal humor e selvageria?
Será que o conceito de ordem e progresso de Augusto Comte, base a qual vivemos o capitalismo não teria sido fundamentado num conceito de normalidade duvidoso?
Posto que o normal foi sendo "determinado" e através dessas determinações é que somos escravizados, pois não podemos ser nós mesmos, só podendo ser "normal"...
Somos somente reflexo de algo social e tudo isso se manifesta através da doença, da vida.
" um ser vivo é normal num determinado meio na medida que ele é solução morfológica e funcional encontrada pela vida para responder as exigências do meio" (Canguilhem, 1943)
e a irritação é o seu oposto, ou expoente...ou seja, ou estamos excitados ou irritados...dificilmente satisfeitos conosco mesmos.

Acerca da minoridade penal



Através das relações e suas revelações, da análise de nossas ações, da arqueologia familiar, do olhar genético e psíquico para a integralidade, podemos colaborar e enriquecer o entendimento acerca da manifestação dos fenômenos existentes entre os humanos, enquanto representação de si mesmos, de manipulação de sentidos, de construção de saberes planejados para estruturas de continuidade histórica em que a percepção de sentidos seja sempre subjacente a produção de elementos constitutivos e criativos de sujeitos que supostos saberes inquirirão acerca de situações corriqueiras em que nos demonstram a gravidade da forma mecânica, pragmática, continuista, em que estamos caminhando todos os dias desde o momento em que acordamos, como os de maior gravidade como a minoridade penal e a defesa dos direitos humanos.

Ao reproduzir e inserir a punição, a violência se revela através da vingança e do juízo conceitual, presente em cada humano, classificados e nomeados como particulares humanos, homens e como ora sujeito, ora pessoa, ou persona, de sua própria identidade, que normalmente lhe é desconhecida, facilitando desse modo, a manipulação de seus desejos e vontades, sequestrando o individuo de si, para se tornar pessoa no mundo, e o sujeito que poderia construir seu suposto saber, acerca de seus valores que podemos chamar de éticos e morais, poderá sem dúvida se tornar alvo facilmente atingível das grandes capacidades de dominar e de possuir que se encontra na grande mídia e de grande parte do que nos ocupamos com nossa energia na contemporaneidade, no fato de apresentar resultados de seu campo de saber de modo a contribuir com o “crescimento” de alguma particular empresa ou servir de alguma mudança política, em que para a existência particular e coletiva se tornem minimamente significativas.

A partir de elementos para se compreender os fenômenos decorrentes de dois mil anos que ainda nos espantam, como a tortura, a punição, a prisão, de forma descompensada, desnecessária e abusiva, incluindo principalmente dentro desse contexto a violência domestica, a chantagem e a coação, ao qual estamos nesse momento condenados.

Elementos tais que permitem que nossas crianças cresçam cercadas pelo medo e pela desconfiança, que acuadas defendem-se como em guerra com as armas que tem. Algumas as levam literalmente as escolas, outras estão escondidas em seu coração, outras ainda agridem e arrebentam as regras sociais, para demonstrar que algo não vai bem, que as coisas não estão funcionando bem, mas ao fazer, de nada mais lhe resta, senão ser “internada” em algum modelo de instituição que as “domem”, "dominem" tal qual fera e a restabeleça de volta a tal sociedade organizada e segura, das quais pagamos enormes tributos para ter uma falácia desgovernada que parece se preocupar sempre em acordos econômicos pro liberais e não a uma organização de fato a fomentar a cultura e a educação em países menos desenvolvidos.

Esses escritos se revelam em contestação aqueles que se utilizam do saber para se aproveitar da fraqueza do outro para se colocar em seu altar de poder, apontando as mascaras que se tornam obrigatórias em nossa sociedade, além de evidenciar e até promover o olhar e o debate aos menos favorecidos que não teriam como escrever, posto que ainda não aprenderam nem a falar, sem se matar.

Façamos de nossa voz, um uníssono em questão de existência nesse ponto material que se coloca nosso corpo, nossa voz, para que em algum momento e de alguma forma as tendencias vão se ruindo e se transformando em novas possibilidades de existir e de fazer. É procurando sentido que encontramos o sentido, é no exercício do fazer, que fazemos, a vontade e a coragem são artigos de luxo, a serem conquistados, principalmente diante do oferecimento do mercado.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Carta a Crizante

Querido Crizante, de cristal, que reluz.

Como gosto da clareza de tua escrita.

Como entendo sua suplica que também é a minha, como fazer para se fazer algo hoje?

Num momento em que a ilusão mercadológica tapa a boca e impede qualquer reclamação, o homem, sujeito do saber, que não sabe, não investiga que ele próprio permanece nesse sentido, enquanto não deixar de consumir em excesso e de não observar o que se é feito com o próprio dinheiro em impostos e etc.

O homem sujeito hoje trabalha tanto quanto os escravos no seculo 18 ou 19, somos tão cegos e coniventes aos que viveram o holocausto. vemos e enclausuramos o outro, acusamos e nos vingamos, cada vez mais atrocidades surgem nesse nosso cenário.

Sempre conversando com pais, adolescentes ou com os gatos, pergunto-me qual a direção? e chego sempre na direção do amor, da compreensão, do perdão. Mas, isso tudo, com muita atenção, para não parecer somente piegas, também tem isso hoje em dia, nem mesmo nós sabemos ao certo o que são tais conceitos,  normalmente enviezamos para uma linha cristã, católica e encontramos algum conceito dentro de nós que irá julgar e conceituar como qualquer coisa e o que importa é aniquilar esse pensar. O outro sempre está errado e ponto.

Após o advento da psicanálise ou de Nietzsche, Sartre, sabemos que o outro apenas é a revelação de nós mesmos, logo, se o outro me incomoda, sou eu mesmo que me incomodo comigo e não há relação no outro que possa vir a me incomodar, pois o outro é segundo Sartre meu inferno, como cada um cria o inferno que quer, vivemos o momento da indiferença, da ataraxia, da suspensão de juízos da epoché, e de cuidar de si, ainda que seja através de um olhar suspeito, meio que sem saber como olhar, mas, com o início de investigações sérias, sobre si mesmo.

Grande abraço, 

Sua fã, 

Simone Suelene
Filósofa taubateana, indicada para representar o Brasil, no Forum Mundial de Filosofia Socrática em Atenas.
Personal Philosopher e 
Diretora na Centro de Estudos Reflexivos
CNPJ: 14.446.969/0001-03
www.centrodeestudosreflexivos.blogspot.com.br