Escrever não é só lançar palavras junto a um papel. Não é só articular as idéias que irão permear o papel, mas sim, um impulso, um desejo.
Não há quem escreva para não ser lido, mesmo que seja por si mesmo. A pergunta fundamental é para que?
E a resposta não extingue ou esclarece a busca, na verdade ao encontrar o motivo de escrever, encontrará na verdade uma razão de ser.
Não há quem escreva o que não acredita. Na verdade, não há quem escreva para o engano, mesmo porque no fundo, o escritor é autentico a si mesmo.
Não é uma profissão, em que se veste uma máscara e sae por aí escrevendo o que não se acredita ou não aceita.
O escritor, mesmo quando sob pressão, não consegue escrever o que não concorda, pode sim, fazer-se corcondar por circunstancia, ou por um desejo maior externo, mas ainda assim, não poderá de todo discordar do que se escreve.
Pode-se sim, utilizar das palavras e do papel para falsear um alarde ou outro, para provocar um atrito pequeno, uma fagulha diante da impunidade de verbos aplicados a ações e não somente em palavras, aliás, impunidade da palavra dita, escrita e que se segue somente para que não se perca na mesma impunidade de não ser.
Pois, escrever é o ato em que mais nos encontramos conosco mesmo, mais nos achamos, mesmo que equivocadamente, ainda assim, nos concentramos nos verbos, nas colocações, nos enfases, e sobretudo, na forma que o leitor entenda, ou seja: clareza!
Clareza na escrita, clareza na vida. Realização de todo escritor, creio.
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