quarta-feira, 27 de março de 2013

IGUAL, NORMAL E DIFERENTE

Palavras servem para que saibamos o que queremos dizer, através de sentidos que damos as coisas no mundo. Daquilo que sabemos e de que somos capazes de falar e apreender ou se expressar de algum modo, então, surgem os artistas, os deficientes e estrangeiros, demonstrando outras linguagens e outros significados.

Ou seja, as palavras constituem o universo de nossa razão de crer. Quando expressamos nossa opinião, estamos demonstrando que conseguimos acessar uma forma de expressar, seja ela qual for. 
Quando integramos o campo de pensar, achamos que somos algo maior daquilo que se pensa. Quando amadurecemos no sentido de ampliar o olhar e conhecer novos "modos" de se fazer algo, algo muda dentro de nós e passamos a perceber melhor as palavras e seus significados.

Observar a palavra dita, nos leva a observar o silêncio da não dita, a expressão que arde no olhar e na sensação de sentir as ações do outro, sendo esse outro o espectador de nossa existência  porém, sempre aprendemos que devemos servir ao outro para nos satisfazermos. O uso e a utilidade das coisas no mundo, se propõe a expor o que se trata por igual, normal e diferente que são palavras usadas gerando conceitos entre humanos para determinar aquilo que se é e talvez no futuro tenhamos leis para se estabelecer esses conceitos com perigo de mutilações.

É tendencia do humano não se atrever aos sentidos das amplitudes, exigir de si mesmo a subserviência ao olhar do outro, nos conforta e não demanda alguma ação. Questionar e sentir o que de fato arde sobre nossas peles, evidenciá-lo através da expressão, sem dúvida é um caminho para a tranquilidade, como Freud argumenta acerca da cura pela palavra. 

Quanto mais o ser humano se pre ocupar em estabelecer a palavra dita, mas perto de si e de seus valores e questionamentos chegará, posto que o homem costuma se colocar como diria o filósofo, como medida de todas as coisas, somente por isso pode amar de maneira desmedida, como diria Santo Agostinho.

Feliz Ressurreição a todos, no sentido de reavivar, reavaliar a si mesmo.

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