quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Ser aí e ilusão

Em conversa com amigos, andei analisando a seguinte questão:

- Estamos fazendo de nossos instantes obras de arte, Como sugeria Deleuze?
- ou ainda, estamos vivendo de modo, como se quisessemos repetir nossa existencia, como sugeria Nietzsche?
Estudando Freud e a transgeracionalidade, percebemos que vivemos o que já existe de engessado, amparado sempre por convicções e julgamentos ao quais nos prendemos, sendo que o julgamento válido da vida, seria:
Estamos vivendo na real no estar aí, ou em nossas ilusões?
Imagino que alguém que já não se ilude mais, tenha facilidade de compreender isso...
Mas, o limiar entre o estar aí e a ilusão, penso ser o "como" lidamos com a frustração...
Se superamos, estamos no ser aí, se nos prendemos vivemos na ilusão de sentidos...culpas, dores e sofrimentos...
agonia quer dizer conflito... com o que nos conflitamos afinal???

2 comentários:

Jéssica disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Jéssica disse...

Acredito que a maioria das pessoas vive muito mais na ilusão do que no presente. Em geral, estamos sempre elaborando conceitos sobre as coisas e as outras pessoas a partir de nossa própria perspectiva, de nossos próprios desejos, vontades e ideais; ou melhor, fazemos pré-julgamentos de coisas e pessoas, sem considerar outras perspectivas. Estamos sempre vendo as coisas de uma ótica ilusória, baseado apenas em nós mesmos e mais nas experiências passadas do que nas presentes.
O desvincular-se do passado, da tendência a pré-julgamentos, penso eu, não é tarefa fácil. No entanto, somente quando nos engajarmos na luta por esse desvencilhamento, pela busca de viver no presente, de considerar a gama de variáveis envolvidas em todas as situações,seremos capazes de elaborar uma idéia mais acertada sobre os fatos e, concomitantemente, teremos a oportunidade de reagir melhor à eles.
Tornar-se "ser aí" é o caminho para uma melhor vivência e compreensão das relações humanas.