domingo, 11 de julho de 2010

Escrever X sentir

Ando pensando muito sobre isso, aliás, penso que é o que melhor faço, ou o pior.
Bom, há de se esclarecer que solidifiquei esse processo de escrever no blog, depois de ler o Daniel Alabarce da Dehoniana, ele filosofa como quem toca piano...
Então, percebi quantos outros filósofos ou aspirantes como eu, digitavam seus pensares em blogs, pelo simples exercício de não escolher outra ação. E são texto belíssimos, demonstram leituras volumosas, coisa que nem quero chegar perto, credo...pega o ser e o nada do Sartre e vai entender o que digo, risos.
Brincadeiras a parte, fiquei encantada com o que li, e fiquei pensando como era possível escrever tanto, são verdadeiros tratados que se encontram ali, e eles ainda fazem as atividades da faculdade que imagino serem muitas, então parei para buscar entender esse movimento. Coisa aliás que não deveria ocorrer de maneira alguma, pois enquanto utilizo tempo e energia para isso, as plantas morrem no jardim, mas isso já é reflexão para outra postagem...
A questão gera sob os seguintes argumentos: Como é possível compreender de forma sistemática o que os tratados de filosofia trazem, se não o experimentamos? Tudo que está escrito, foi sentido antes de ser escrito...como é possível então, entender REALMENTE o que se lê, sem ter passado por determinadas situações.
Como por exemplo, compreender realmente a REALIDADE, como seria isso afinal? quer dizer que quem compreende, não a compreende de fato? estou a dizer que cabe outras reflexões, quando li sobre isso, percebi que não tínhamos acesso realmente a quase nada sobre nós mesmos.
Vamos lá: Aquilo que entendo como "verdadeiro" é cultural, ou seja, está relacionado a partir do que o povo que habita esse pequeno pedaço de chão acredita ser verdadeiro, citando aí o cristianismo, discutia esses tempos com meu amigo intelectualizadíssimo acerca da bíblia, explicando que esta era mais um compêndio da história da humanidade, mas não o único, haviam outros no oriente, na índia, acho que era o bagavatha giva, não queria arriscar, sei que a grafia correta não é essa, mas.......quero exercitar o pensar...se penso errado, que alguém possa me corrigir, penso que esse é o maior objetivo desses blogs: a troca.
E esse assunto está afinal relacionado ao fato de estar sentada nessa cadeira que de forma nenhuma é confortável, num pc comprado em parcelas de uma amiga, ainda nem pago, aquisição aliás, que aliada a um valor exorbitante que se paga temos acesso a internet.
Se formos analisar, pagamos o equivalente a quase 50% do salário mínimo em net, fone e eletricidade...veja quantos podem e irão ter acesso a essas leituras???
Estão vendo? entendo que isso é sentir e questiono querá que quem escreve, percebi ou pensa nisso? não que isso seja importante, mas penso que qual outra utilidade da existência mesmo?
bjsssssssssssss aguardo retorno...risos

Òbvio que deve haver respostas para tal questão, mas mesmo que lida, não seria entendida nesse momento, por quê? pela razão de não estarmos prontos para entender.

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