domingo, 11 de julho de 2010

O experimentar foucaultino

Não que o objetivo desse texto seria somento o experimentar foucaultino, mesmo porque como cada um é único, também o é as reflexões daquilo que lemos.
Lembro-me, aliás, para nunca mais esquecer, uma das inúmeras bobagens que fiz...
Queria elucidar uma questão acerca do abandonar a si mesmo, daquela questão do coríntios que o homem deve anular-se, ou coisa parecida, e enviei um email para um mestre da filosofia, que por sua vez, me escreveu com todo o carinho do mundo explicando que não sabia do que eu dizia, pois eu lhe tinha enviado uma reflexão acerca do que eu achava que o Foucault falava na "hermenêutica do sujeito" sobre o modo de entender melhor as situações, seria a de um pobre....
Então achei que estava louca, que não entendia nada do que lia, aliás o que ocorria sempre antes de entender que ocorria, que aliás ocorre sempre que não prestamos a atenção devida, quando lemos sem nos silenciarmos antes, quem sabe, entende o que digo, que também é outro assunto...risos.
Bom, para resumir a história do Foucault e do pobre, meu querido e competente supervisor clínico Elson Alexandre Esclapes, maravilhoso psicanalista na cidade de SP, no coração da Angélica, ele só saiu de Taubaté, para morar no coração de SP, só...Bom, quem quiser conhecer, aconselho acessar o site www.apsicanalise.com....
Voltando...Quando citei o fato ocorrido, quase anos depois...ele me disse:
-Você parece louca, associar essa história do fouc com a pobreza...tsc...tsc....
Ele era riquíssimo, tinha apartamento em Souborne....não sabia o q era pobreza...
Ele me afirmou categoricamente É CITAÇÃO, não foi ele que falou......
Bom, naquele duelo linguístico, pois se tem alguém que me desmonta fácil, fácil, é ele, ainda bem que é meu compadre, ainda assim, saio até faltando pedaço dessas elucidações de realidade que ele me oportuniza vez ou outra.
Fui lá, buscar a hermenêutica, na nota de rodapé da pg 328 "Se quiseres ocupar-te com tua alma (vocare animo): sê pobre ou vive como pobre" da página inscrita que fica na pg 319 ..."sibi totus animus vacet"(que o espírito todo se ocupe consigo, se desocupe para si mesmo). Aí, continuando a leitura para tentar discordar de meu compadre psicanalista, encontro e vou diminuindo de tamanho, de timbre de voz...
...Esta expressão "sibi vacare" (ocupar-se inteiramente consigo, desocupar-se para si mesmo) é encontrada em outros textos de SÊNECA, particularmente na carta 17: "si vis vacare animo" (se queres ocupar-te com teus animus). Portanto, ocupar-se não com domínios longíquos, senão com o domínio mais próximo.

Bom, agora pula linha e explica o que foi isso...
Tava uma leitura gostosinha, dava para captar tudo o que eu dizia, de repente, a "louca" para e começa a devanear e citar Foucault, para quê mesmo?
Explico, como penso ou gostaria, esses textos vão para distâncias longíquas e não quero decepcionar determinados amigos e mestres por aí e envergonhá-los e não utilizar-me dos acordos ortográficos, bem como metodológicos que nossa cara ABNT nos coloca, para que nós não saíamos por aí, matando textos, como se mata gente...
E ainda assim, sei que não obedeci muitas regras, mas creio ter sido clara o suficiente, para explicar o que uma confusão de entendimento daquilo que foi lido pode ocasionar...

Pois antes de entender que foi o Sêneca que escreveu e o Foucault citou, achei que meu mestre tinha sido arrogante comigo, não me respondendo como eu gostaria porque eu não tinha apresentado um texto decente, com referência e tudo o mais, e meu dei até o trabalho de sofrer porque ele não me amava...ah, essa "Felícia"(citação da Felícia, do desenho Tasmania, do Tine Toon) que sempre quer ser amada e querida e sai por aí sufocando os bichinhos...

Ai, me desorientei de novo, volta para a estrada....

Vou buscar concluir isso....
estava tentando contar como um equívoco na leitura, pode resultar de desentendimentos que podem me levar a "aderir" uma vida de parcos recursos, porque eu achei que um sujeito que considero (tá morta há um tempão) escreveu, eu achei que ele escreveu, ele nem vivo está mais, e se tivesse eu muito provavelmente devido aos parcos recursos não o conheceria, olha o Saramago morreu e eu não conheci.
Também não adianta de nada conhecer e não aproveitar, veja o caso do Pe Marcial Maçaneiro por exemplo, ele é maravilhoso, tem uma abertura de olhar que nunca tinha visto, e isso porque estudamos no mesmo espaço e sem que ouça o discurso, não é possível avaliar o todo, mas chegando ao seu lado, emudeço...falar o que também...
É isso...enrolei de novo, mas tá bom, confesso....
nunca tinha feito isso antes, tenho um anuário, tive diários, mas nunca com tamanha qualidade de entendimento, não que vocês entendam o que escrevo, mas eu estou começando a entender....risos

grande beijo a todos

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