terça-feira, 13 de julho de 2010

Nossa história de amor - II capítulo

Eram 16 horas de convivência, sim, pois esse era o tempo aos fins de semana, que eu trabalhava lá no programa, era na verdade a forma para custear a faculdade...

Tem muita coisa nesse ínterim que precisa ficar registrado...para mim, ao menos...
volto a lembrar que esse seria o exercício de um blog...registrar "nossas" impressões...
sei que para se transformar em livro, tenho que buscar atender aos interesses dos leitores, caso queira vendê-los ou descobrir alguma veia em mim, que agrade a milhões de pessoas, risos....
e aí, cabe outra reflexão...

Após os comerciais, voltando...

Na primeira vez que ele foi, já foi uma aventura...daquelas dignas de Indiana Jones...
Bom, os detalhes ficam acerca da memória de poucos...a Lígia que o diga...

Foi simples assim, mas quem disse que as coisas simples, são fáceis???

Depois do turno do sábado, convidei-o-o para passar em casa, já que era caminho para a casa dele e tínhamos comprado pão para o café.

Ele já morava em Taubaté, há quase um ano, mas não tinha amigos, nem conhecidos, até então nunca tinha saído para outro canto senão a biblioteca, a faculdade e as imediações do bairro da Estiva...

Ele era um menino, tinha-o assim, tinha 20 anos na época...
preocupava-me com ele tal qual um bom amigo, já tinha carinho por ele, e cada vez mais interesse em saber como tinha se transformado em artista, em como desenvolvia suas obras, como via o mundo, porque não se relacionava....enfim, cada vez mais queria conhecê-lo...
Ele, como não tinha amigos, entusiamou-se e entregou-se, perdeu o medo do desconhecido e ousou mergulhar nas profundezas do oceano em minha companhia...mas, jamais, tive intenções escusas com esse "menino", demorou alguns dias, para que ele se transforma-se no meu príncipe...

5 anos se passaram desde minha separação. 3 namoros, muitas paixões, muitos exercícios íntimos e já não acreditava mais na possibilidade de que existisse alguém possível de se relacionar diariamente, amigavelmente, ternamente, confiavelmente, amorosamente, pois
percebia que era muito carente, muito confusa, tempestiva, vulcanica, e pagava preços altíssimos devido a questões cotidianas, por conta de envolvimentos advindos do primeiro casamento.

Bom, tá bom, confesso, lá na porta do Jaques Félix, qdo ele me perguntou se a diretora demoraria a chegar e ela não chegaria, e nós começamos a conversar, ele se permitiu conhecer melhor, me contou que não tinha relações com nenhum taubateano ou taubateana...e mostrou o que eu já sabia, o quanto era "especial" eu até pensei....pensei de longe...PENA QUE É TÃO NOVO, risos...

E lá fomos nós...
conversávamos cerca de 10 horas corridas, da hora que chegávamos até o outro dia de manha, no momentos em que nós nos acabávamos, passávamos a noite conversando...CONVERSANDO...

Foi então, numa bela noite chuvosa, em que nosso padrinho e excelente amigo, Ivanildo Neder, filho de Caraguá e pessoa MARAVILHOSA, me ligou...e perguntou com quem eu estava, pois há muito não saia mais, ninguém me via, pois só trabalhava...e coisa e tal...me disse:
-Com quem vc está aí?
-Respondi, com Eugenio...
-Ele então, maliciosamente, riu...
Imediatamente, tratei logo de tirar suas más impressões, pois todos acabavam já percebendo nosso envolvimento...talvez até nós...risos.
-Que isso Ivan (é como ele é chamado), lá na casa dele é Ivanildinho..rs, isso é coisa que se faça, sugerir algo entre nós? nem é possível né...ele é uma criança...
-Ele argumenta que isso era uma bobagem e coisa e tal, que eu estava sendo preconceituosa...D'us me livre disso...
Foi então que o que era absurdo pensar, virou uma possibilidade...

Nós já tínhamos o acordo de sermos sempre honestos conosco mesmo em primeiro lugar, depois um com o outro...

Contei-lhe a ligação, mas ele nada disse...na verdade ele dizia muito pouco, sentia muito, pensava bastante e calava melhor ainda...

Mas, naquele momento, já sabíamos...mal nos olhávamos...mas, já sabíamos que em breve, nos tornaríamos um...

Penso que as melhores coisas da vida, ocorrem de forma lenta e gradual...

E foi assim, que na manha seguinte, pedi q ele me acordasse, enquanto ele sentado me olhava, eu lhe disse:
-Pensei muito sobre o absurdo essa noite.
ele disse:
-É...eu tbm...
E calamo-nos. Mas, já sabíamos...aconteceria.

Bom, nesse mesmo dia, um domingo subsequente ao feriado de Corpus Christie em que teve churrasco na faculdade que ele não foi, fomos para casa como sempre fazíamos...
Fabio lá estava, como era de costume, pois meio que morava lá nesses tempos...
Bom que ele saiu logo, quase forçosamente, pois sabíamos que nosso momento havia chego...

E foi assim, com uma dose de vodka, Gibran, massagens e muito respeito e carinho que tivemos nosso primeiro e inesquecível momento...

Lembro-me tanto daquela manha de segunda...

Bom, ainda me sentia insegura em relação às suas intenções, pois ele se expressava pouco através de palavras naquele tempo....

Algum tempo depois...
depois de uma das muitas reuniões baconianas que fazíamos "a la Boudelaire"...
Foi então que lhe confessei com muito receio que estava profundamente apaixonada com a pureza, delicadeza e tudo o mais daquele ser...
E ele me correspondeu instantâneamente...

E viveram felizes para sempre...risos.

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