domingo, 11 de julho de 2010

A história do blog...

Há muito que não passo por aqui.
Mesmo porque esse blog foi criado para atender uma demanda que iniciava lá no colégio tableau em Taubaté, onde lecionava várias disciplinas, entre elas filosofia, sociologia, orientação profissional e história. Como não tínhamos apostilado pronto, a idéia era disponibilizar algum tipo de material, buscar uma aproximação através dos fóruns...enfim coisa que não chegou a acontecer de forma satisfatória, embora compreendendo esse aspecto, alimentava-o na época com certa frequência.
Após esse período, dei o salto sartreano e desci a serra, fiquei lá sem net, sem fone, sem dinheiro e sem chão...logo, não havia A MENOR POSSIBILIDADE em pensar em blog...
Coisa aliás curiosa para mim, se temos esse tempo para sentar na frente do pc e relatar detalhadamente nosso cotidiano, nossas relações a necessidade de registrar nossa história, seja lá por vaidade, seja egocentrismo, fato é registramos nosso pensar e essa tarefa não é nada fácil, exige tempo, disciplina e principalmente disposição tanto para ler, quanto para escrever, pois percebo nesse momento em que vivemos uma terrível dificuldade de expressão.
E quando chegamos a conseguir escrever o que pensamos, com clareza para o leitor que lê, que pode ter diversas formações de estudo de linguagem, de pronto que aquele que não é habituado a leitura alguma, compreenda o que está escrito.
Para chegarmos ao ponto de exprimir nossos pensamentos, passamos por vários filtros de ligações neurológicas que definem padrões, intenções, desejos, estímulos, entre outros fatores, incluindo nisso a visão, o olfato, o paladar, o tato...somos muito mais sensação do que pensamento, ou melhor dizendo, somos pensamento que sente.
Mas, parece-me que atualmente não exploramos o sentir...mas, isso já é outro tema para escrever....
Estão vendo como é fácil se perder? mesmo escrevendo, devaneamos...comecei a escrever o motivo de não alimentar o blog com postagens, logo após coloquei a situação de perceber que era importante registrar nossa história em seguida já entro em uma reflexão sobre o escrever o que se vive, como conseguimos isso sem afetar nossas relações reais, pois o tempo que dedicamos a escrever poderia estar destinado a conhecer, sentir...cozinhar...ceifar...sabe-se lá...seria o exercício da criatividade, posto que não temos em absoluto incentivo para sentirmos, nos perceber, quase não nos relacionamos conosco mesmo, há inúmeras situações que culminam para que isso ocorra.
Desde a questão da violência, que esbarra hoje no crack, até a perdição da vida fácil com riscos da marginalidade, gera reflexão pois habita o subterrâneo de nossas intenções e aquisições morais, que iniciam no momento que se nasce. Pois já somos, já nos envolvemos na sociedade que nos acolhe e ponto. Temos que bailar conforme a música....outro assunto, risos....
Vou concluir, pois parece que quantos mais refletimos a questão de vivenciar, ante o escrever, mais dúvidas geramos acerca do que e como devemos pensar.
Até a próxima postagem.
bjs

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